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Abrem-se as cortinas

Um observador mais atento e que possua memória com capacidade de reter fatos decorridos há pelo menos um mês, terá captado alguns dos detalhes que compõem a cena do espetáculo eleitoral.
O nosso excelentíssimo Sr. Burns, ops, o candidato José Serra e a ilustríssima “mulher do presidente”, Dilma Vana Rousseff deixaram transparecer as mais variadas características que compunham seus personagens eleitoreiros e os artifícios que utilizaram na tentativa de conquistar nosso voto.
O tucano que tem “serra” no nome e agora se diz exímio defensor das matas – se liga, Marina! – começou aparecendo no horário político com uma cara sisuda, de ex-governador sério e responsável... Hoje, finge olhar em nosso olhos através da tela da Tv principalmente no período próximo ao horário nobre, em que ainda estamos comovidos* pelo drama da novela das sete e ansiosos pela das nove; e ainda insiste em (re-re)reafirmar que veio de baixo e estudou em escola pública.

- Desculpe, Serra, você não é o único herói do Brasil!

Hoje ele sorri, fala manso, promete deixar o Brasil “todo azul”... Deixou de lado a imagem de “político de gabinete” e o personagem da vez é do político que distribui abraços e apertos de mão pelas ruas do país com cara de “eu vim do povo e amo o povo”. Convence???

[ Fail ]
Daqui a duas semanas teremos a resposta.

Já a nossa “dama de vermelho”, a mulher do PAC, a mulher das Minas e Energia, a mulher que continua “seguindo em frente”, Dilma Roussef, andou alternando os personagens também.
Se antes falava para todo povo brasileiro, hoje põe as brasileiras na frente. Se representava o papel da mulher forte, militante e independente; está agora revelando as suas outras faces: a Dilma mulher, mãe e ex-esposa – sim, ela já foi casada! –, com direito a exibição de retratos da infância e tudo.
Assim como o Sr. Bur... Como José Serra, Dilma também aderiu à moda do lindo-sorriso-estampado-no-rosto. [Ok, há controvérsias quanto ao “lindo”.]
A tonalidade de suas roupas também ficou mais neutra e sua fala, menos arrogante.


Não é em tom de mera crítica, caros leitores, que exponho essas notas aqui, mas talvez em tom de graça sobre o que é o jogo político. Escrevo também em tom de alerta para quem compõe o grande espetáculo eleitoreiro no Brasil: não é apenas contratando um bom marketeiro que se vence eleições pelo menos não deveria ser!
Não deixemos, portanto, de avaliar as propostas de cada candidato, o que apresentam de melhor para nós e para a coletividade; se irá nos representar bem... Afinal, de representações e personagens, os políticos entendem MUITO.


*[Um alerta aos desatentos: Este texto tem caráter meramente opinativo.]

6 Comments:

  1. Jonas Pinheiro said...
    Muito bem frizado essa mudança Marilia, tudo faz parte do jogo politico
    Valdelice Santos said...
    Excelente análise!!! Mas eu ainda sonho em ver políticos que fale sempre a verdade e seja sempre ele, sem falsas promessas e sem esconder os podres que já fez.
    Helton Fesan said...
    muito interessante o blog e a matéria. Se fosse um filme pra quem iria a estatueta hein? Como diria o Rei Pelé em sua única fala na novela história de amor: Falso!
    Lorena Morais said...
    Apresentei um trabalho na disciplina "Temas especiais em comunicação", em que fiz uma avaliação da campanha eleitoral do candidato José Serra.
    Sua campanha era pobre e forçada ao populismo. Continua, é verdade, mas ele tem sofisticado cada vez mais sua campanha agora com o segundo turno.
    Querendo ou não, propaganda faz a diferença!
    Unknown said...
    Infelizmente, isso só ocorre pois a maioria vota em cara (e promessa), não em coração (plano de governo e história política).

    Mas belo texto, quiçá todos tivessem essa visão política!

    Abraço
    Wellington Souza
    Site Comunidade Literária Benfazeja
    O Neto do Herculano said...
    Adeus, ano novo!

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