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Tomei conhecimento há poucos dias a partir de um documentário de longa metragem que havia sido lançado em 2004,  Evandro Teixeira: Instantâneos da Realidade, da vida e obras de um dos grandes fotógrafos brasileiros que com seu olhar registrou a história do país, revelando seu caráter profundamente nacional que penetra no enigma da imagem e capta o que nela se oculta, demonstrando a mais aguda percepção fotográfica.

Nascido em Irajuba, interior da Bahia, Evandro teve uma vida comum a dos garotos da cidade até o momento em que teve os primeiros contatos com a fotografia. Fez carreira no Jornal do Brasil incentivado desde cedo por conta de seu talento nato. Fotografou momentos grandiosos como a ditadura civil-militar do Brasil e do Chile, a primeira visita do Papa João Paulo II ao Brasil, a Eco92 no Rio de Janeiro; em todos eles imprimiu sua marca, uma forma inusitada de fotografar.

Com seu olhar periférico soube compor quadros em momentos decisivos em que cada foto tem embutida em si a história de como foi realizada. O fato de ser ousado em seu modo de fotografar não faz dele apenas um fotojornalista, mas seus trabalhos atingem um estado de arte, simbolizando o olhar brasileiro. Ele não hesita em se posicionar de modo incomum ou mesmo desconfortável aos olhos alheios para capturar imagens que apresentem seu ponto de vista singular. Para aqueles que desejam aguçar seu olhar fotográfico, o trabalho eternizado de Evandro Teixeira continua dialogando com o leitor, despertando uma motivação para a fuga do usual na qual está situada uma parte do universo fotojornalístico.


                                        Passeata dos 100 mil, 1968.               A cruz e a capela branca.

Texto produzido em parceria: Marília Marques e Toni Caldas.

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