Em sua sétima edição, o recital anual de poesias de Cachoeira promete passar por um rito de transformação nos próximos anos, mas não chegará ao fim.
No sábado, 25 de setembro, o Caruru dos Sete Poetas: Recital com Gostinho de Dendê, promovido pela Casa de Barro Cultura Arte Educação completou seu ciclo de sete edições. O recital este ano homenageou os poetas Ediney Santana, Orlando Pinho, Edgar Vellame, Tiago Oliveira, Luiz Miranda, Andersen Figueiredo e a poetisa Índia Sônia. Participaram também desta edição o músico Elder Oliveira e a malabarista Poli Costa.
De acordo com um dos organizadores do evento, João de Moraes, poeta e gestor cultural da Casa de Barro, o Caruru não chegará ao fim, mas passará por uma espécie de renascimento nos próximos anos; trará novas idéias para explorar outras dimensões da poesia.
Ainda na visão do poeta cachoeirano, a cidade necessita da implementação de um plano de leitura e suportes para implantar políticas culturais de modo que não se faça do recital de poesias um acontecimento apenas festivo, mas um espaço que envolva escritores locais, escolas públicas da região e que auxilie na construção de um diálogo entre órgãos públicos e sociedade civil.
As pretensões para as próximas edições do Caruru é trazer também poetas estrangeiros e levar o recital para os “sete cantos do mundo”. O intuito do evento é promover um momento de celebração e intercâmbio assim como acontece com os sete meninos que se servem do caruru nos ritos do Candomblé.
Perguntado sobre a diferença entre poesia e poema e qual a importância de tê-los recitados na voz do próprio autor, João de Moraes explica que “A poesia é o sentimento, o estado em que se está. Já o poema é a materialização deste sentimento, é o resultado da poesia. Numa sociedade do espetáculo como é a nossa, é importante que as pessoas parem para escutar”. E completa parafraseando Antônio Cândido: “O poeta é aquele que lê o mundo, desfaz e refaz”; está aí a importância de ser homenageado.
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Os poetas do Caruru - 2010 Foto: Laiana Matos |
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Posso dizer, Ediney, parabéns pela poesia.
(em 2008 como convidado entre os sete poetas) pena não ter comparecido neste.
Segundo Angelus Silesius: "Temos dois olhos. Com um nós vemos as coisas do tempo, efêmeras, que desaparecem. Com o outro nós vemos as coisas da alma, eternas, que permanecem."
Abraços.
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