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Na postagem anterior escrevi que os textos do blog passariam a ser escritos de um outro local e consequentemente a temática abordada seria completamente diferente.

Pois aqui estou eu, revirando o baú da minha memória recente a fim de relatar a vocês, caros leitores do “Abre Aspas, o balanço de 3 meses da minha nova experiência como intercambista em terras europeias. Estarei cá em Portugal pelo período de 1 ano e estou a estudar a área de Jornalismo / Comunicação no Instituto Politécnico de Bragança (IPB).

Aterrissei na capital  lusitana, Lisboa, no dia 19 de fevereiro (2011), um sábado. Foram oito horas de emoção à bordo do avião da TAP - sim, era o meu primeiro voo!  As sensações eram de ansiedade, falta de sono, cãimbra e um "medinho de nada" quando tentava imaginar o que estava por vir.
ÀS 7 horas da manhã – horário de Salvador , 11h da manhã em Lisboa – eu e mais uma colega também com o mesmo destino que eu, já estavamos no salão de desembarque do aeroporto internacional de Lisboa. Uma prima minha que já vive aqui há alguns anos nos encontrou para irmos até a sua casa em Leiria (119 Km de Lisboa) onde passamos o fim de semana. Chovia e a temperatura média era de 14 graus C.

Já na segunda-feira , 21 de fevereiro, segui  de auto-carro (ônibus, em “brasileiro”) até a cidade onde estou, Bragança. Literalmente cruzei o país! Foram 7 horas de viagem – 394 km - com pouquíssimas pausas e uma conexão no meio do caminho, inclusive na cidade do Porto onde eu fiquei fascinada pela beleza do lugar e semelhança com algumas ruas do centro histórico minha terra natal, Salvador.
Passei pelas cidades portuguesas de Lisboa, Leiria, Vila Nova de Gaia, Porto, Viseu, Vila Real, Mirandela, Macêdo de Cavaleiros e por fim, Bragança.

E agora, cá estou eu, disposta por dar início a esta partilha de experiências e tentando mostrar um pouco da cultura portuguesa/europeia, as formas de se relacionar, as novidades, situações curiosas, expectativas e um pouco mais de tudo que eu consigo viver nestas 24horas diárias que parecem ser tão poucas se analisada a intensidade de coisas que vejo e aprendo em apenas um dia. Nesta aprendizagem incluo principalmente a quantidade de pessoas que tenho conhecido de várias partes do mundo – Espanha, Polônia, Eslovênia, Turquia, Romênia, República Tcheca, Costa Rica, Panamá, etc. Além da minha busca em aprender  o modo como se enxerga o mundo por aqui – e isto tenha certeza, é muuuito diferente!! – e como se pensa e se faz o jornalismo.

E o melhor: tenho aprendido ainda mais a respeitar e lidar com o diferente, com culturas tão distintas e sendo assim, também des-esteriotipar a cultura do meu país. Mas a relação Brasil  - Portugal já é assunto para outro post. Até lá! J

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